06 abril 2010

BOLA BRANCA 07 03 2010

Tentativas – Não está sendo por falta de experiências ou oportunidades que os clubes de Pelotas estão deixando de atingir um patamar mais alto no contexto futebolístico. Mas há um problema crônico: A ação de dirigentes conservadores, ou seja, influência dos que não querem alterar a rotina. Notem os leitores que os mais diversos tipos de alternativas já foram ou estão sendo experimentados. Entra ano sai ano e essas opções, as mais variadas, se sucedem. Até agora todas as tentativas esbarraram em dois componentes ou ações que não são excludentes do futebol: exigência e pressão de torcida e posicionamento dos mandatários dos clubes.
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No caso do Farroupilha um inexplicável protesto por parte de um pequeno grupo de torcedores fez com que o clube alterasse um projeto que estava previsto para os próximos sete anos. É de se pensar: O que será que imaginavam os interlocutores do clube quando formalizaram a parceria? Será que pensavam que o simples fato de sedimentar a relação, o clube obteria um resultado positivo imediato? Realmente os cartolas estão fora da realidade ao se deixarem influenciar por meia dúzia de fanáticos descompromissados. Vivem mesmo o mundo do imediatismo e do improviso. Estão no passado. Absolutamente impossível cobrar de alguns jovens jogadores, com as dificuldades iniciais de implantação de um projeto, enfrentando equipes profissionais, resultados e pontuação como se atletas experientes fossem. E ainda mais dentro de um período de renovação de conceitos. Resultado: desfez-se a parceria e deverá voltar tudo como antes sob o comando da velha cartolagem. Perspectivas? Tire você torcedor as suas conclusões.
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No Brasil também se cobrou resultado imediato, mesmo que tenha havido no grupo de jogadores uma quase total reformulação de 2009 para 2010. Na ânsia de não pecar por omissão, o clube promoveu a troca geral da comissão técnica e só depois chegou a conclusão que o problema estava na qualidade técnica de alguns jogadores contratados. A mudança poderá ter conseqüências na raiz de um projeto que vinha sendo “a menina dos olhos” dos torcedores, cronistas esportivos e dirigentes: O Departamento Técnico Científico. O clube corre o risco de voltar às práticas de antigamente se não houver uma mobilização que revigore e oxigene a gestão do atual presidente.
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E no Pelotas? Parece que no Lobão o momento é de alento. Após uma experiência também mal sucedida, em 2007, o clube está vivendo um momento de integração com os novos parceiros. Um tripé, segundo eles mesmos, conduz a vida Áureo-Cerúlea que muda a olhos vistos: Clube, Final Sports e Granada. Desde 2008 é inegável a vertiginosa ascensão decorrente deste novo modo de se portar. Parece que a harmonia e o profissionalismo nas relações tem mantido como prioridade o clube. Não que ele não tenha vivido recentemente sucessivas crises, mas parece que há hoje um consenso: novas práticas são irreversíveis. É claro que os resultados positivos, possivelmente já em decorrência destas novas condutas, colaboraram. É a experiência mais sólida até o momento.
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Gangorra – Independente das questões opinadas aí em cima, a dupla Bra-Pel entra em campo neste domingo ocupando extremos inversos. O Brasil tentando a sua primeira vitória e sair da lanterna do grupo 1 da Série B do Gaúcho contra o São Paulo. Tem a seu favor a volta ao Bento Freitas. E o Pelotas, em Canoas, querendo pontuar para entra de vez na briga pelo título do interior que já está palpável, ou até mesmo sonhar com algo mais. Cada qual com o seu desígnio.
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Enciclopédia do Futebol Gaúcho Vol. I
Jogadores que mais se destacaram no futebol pelotense – 14

ÁVILA
Osvaldo Ávila - Pelotas, RS - Nasc. 04.12.1919. Falec. 22.08.2006.
Começou no Brasil de Pelotas, onde servia no 4o. Batalhão da Brigada Militar e foi para o Internacional, em 1941. Era um craque de bola. Foi uma das peças mais salientes do famoso "Rolo Compressor", que aniquilou seus adversários na década de 1940. Campeão Estadual de 1941 a 1945 e 1947. Jogava como centro-médio. Tinha técnica, era incansável na marcação, e uma incrível precisão nos lançamentos longos. Atuou na Seleção Gaúcha e na Seleção Brasileira. No final de 1947, foi vendido ao Botafogo, sagrou-se campeão carioca, em 1948. A linha média era formada por Rubinho, Ávila e Juvenal. Fez história no clube. Encerrou a carreira, em 1951, em razão de uma séria lesão na coxa.
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Até a próxima!

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