10 outubro 2008

BOLA BRANCA 12 10 2008

100 - Meu pai anotou no livro do bebê em 1967: - Levei pela primeira vez o Paulo a um jogo de futebol. Foi Pelotas x Cruzeiro de Porto Alegre no estádio da avenida. Eu tinha cinco anos. Recordo do pastel e de "um cara" que corria, dentro de um campo, próximo a uma tela e as pessoas diziam: chuta pra cima...chuta pra cima...! Devia ser um lateral direito, pois era o lado das sociais e o Pelotas atacava no gol da rua Dr. Amarante. Mais tarde, o meu avô Stone, Francisco Carvalho Stone, ex-presidente da Liga Pelotense de Futebol e ligado ao Bancário Atlético Clube, ficou com a missão de, todos os fins de semana, me levar ao futebol. A Boca do Lobo foi uma exigência paterna. Cumpriu-se!

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Vivi desde tenra idade os meandros do Pelotas. Da amizade do meu pai com o Ubirajara Torres, Laudo Nunes, Vilmar Shild, Vicente Gervini, talvez tenha surgido uma geração subseqüente com ele, o Bruno, o Carlos Tavares. São os que me lembro falarem no Pelotas diuturnamente e exercerem uma influência muito grande pelo gosto pelo futebol pelo lado de dentro. O futebol que se vê da arquibancada é outro.

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Não me sai da cabeça o Pelotas jogando, de branco, no estádio Centenário, em Montevidéu, contra a Seleção Sub-20 do Uruguai em 1976. Foi uma preliminar de Uruguai e Polônia. Que fato grandioso foi aquilo pra mim. Eu tinha 14 anos e fiquei absolutamente encantado com aquele cenário.

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Recordo-me das quadras de tênis, onde hoje fica o “tobogã”. Lembro de um chalé de madeira que ficava posicionado também por ali. Da arquibancada amarela, onde a sua parte de baixo servia de residência para alguns dedicados funcionários. Lembro quando fundei a primeira torcida organizada junto com o Eduardo Abreu. Recordo do pavilhão de madeira. Parte deste da foto. Todo esse “filme” passa na minha cabeça nesse fim de semana.

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Quando o Aleixo me disse que os ex-presidentes seriam homenageados no jantar de sábado. O jantar do Centenário, pensei: Por que não levar os meus filhos e tentar passar para eles um pouco disso tudo. Claro que eles vivem o estádio. As emoções das vitórias e derrotas. Mas sábado é mais do que isso: É entender tudo! É saber os porquês. O sábado vai lhes responder: Porque se vibra, se chora, come unhas, se chuta o chão, porque se engole em seco. Os engasgos. Sairão do sábado entendendo, Gastaud. Heinn?

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Deu...! Pelotas...só uma palavra: Obrigado!

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Túnel do tempo – Na foto: Darci e Gilda Quadrado. Cecília e Juarez Irigoyen. Cinqüentenário do Pelotas. 1958. Clube Diamantinos. Jantar de gala. Quantos ali não descobriram.

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Até a próxima!