17 julho 2009

BOLA BRANCA 19 07 2009

Novamente Santa Maria no caminho do Pelotas!
Na foto: 2007 - A "trajédia" da Baixada Melancólica.

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Mais uma vez - O Pelotas perdeu merecidamente e está à beira da eliminação do campeonato. É bem verdade que o time pode reverter a situação na próxima terça-feira, apesar das dificuldades que terá novamente diante do algoz Bebeto Rosa. Digo que perdeu merecidamente, pois novamente o time cometeu erros primários e erros assim são fatais no futebol.
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Alguns torcedores me relataram que saíram do estádio indignados, ainda antes do fim do primeiro tempo ao perceberem a fragilidade irreconhecível do time. Outros, que ficaram até o fim da partida, me relataram sobre a falta de comprometimento da maioria dos jogadores. Houve correria. Faltou o principal: domínio de meio campo e a tão decantada tranqüilidade. - Havia uma intenção tácita de cada um dos jogadores de se livrar da bola a todo o momento, me disse um amigo. A consagração da "bola aérea" é o reconhecimento desta prática. Quem não quer se comprometer alça a bola na área na esperança de um erro da zaga adversária. Mas o pior não foi a falta de personalidade. O pior é saber que o time teve a chance através de uma penalidade, aos 47 minutos do segundo tempo e desperdiçou.
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Os erros se sucediam. O maior deles foi ter designado Ânderson Ijuí para a cobrança da penalidade. Um jogador mal recuperado, pois sua lesão foi mal avaliada. Debilitado. Ele mesmo disse na quarta-feira que estava com receio de ir para o jogo. Assisti os dois gols sofridos na TV. Marcação? onde estava? Uma falta no meio de campo, um passe fraco e Giovanni na cara do Roger. Fico só perguntando: Onde estava a marcação? A derrota, todos nós que estamos nele sabemos, faz parte do futebol, porém a forma de como ela acontece é que a torna mais dolorida. Só resta o esforço e a superação na próxima terça. Eu não acredito.
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A semana já havia começado mal. A derrota em Panambi lembrou um tipo de posicionamento recorrente do Pelotas em outras vezes na Série B do Gaúcho. E posicionamento, no sentido que envolve capacidade de encarar o jogo, mobilização, devoção a partida, comprometimento com o jogo e com a competição. Aquele jogo revelou, mais uma vez uma certa "jurisprudência" de incapacidade. Foi assim em 2008 contra o Três Passos naquele 0 a 0 lá. Em 2007 foi aquele empate contra o Sapucaiense, em 0 a 0, em casa e antes, claro, aquela derrota por 1 a 0 em Sarandi, para o Ipiranga (aliás, muito semelhante a de Panambi). 2006 nem se fala: a repescagem foi mais do que um simples sintoma. Em 2005 teve aquele empate em 1 a 1 contra o Gaúcho em casa, mas antes teve também uma derrota para o Sapucaiense e o time nem foi para a fase decisiva.
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Em meio aos discursos de consolo, que já não enganam mais ninguém, o sentimento mais dolorido é ver o semblante dos que ainda crêem no romantismo que o futebol vende para o simples torcedor de arquibancada. Me deixa resignado é presenciar a dor nos rostos dos mais jovens e ter que dizer que futebol é assim mesmo. E é!
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Até a próxima!