14 setembro 2007

BOLA BRANCA 16 09 2007


Água e vinho - Não recordo no futebol pelotense de uma semana em que um time tenha recebido tantas pressões como esta que passou o Pelotas a partir da derrota vexatória no Colosso da Lagoa. Isso mostra que por aqui ainda há muita rivalidade e, sobretudo exigências profissionais. É claro que estas cobranças, de todos os lados, inclusive a nossa, foram responsáveis pela mudança de atitude do time e dos jogadores. Não tem outra explicação para essa alteração radical de comportamento. É só pegar a cópia do jogo de domingo e o de quinta-feira que se escancara uma dualidade de posicionamentos. No domingo um time apático, amorfo, sem vontade. Literalmente entregue em campo. Na última quinta uma equipe ligada, solidária, com raça. Completamente ligada no jogo.
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Ação - Aleixo revelou a equipe do Papo da Bola, na segunda-feira na Churrascaria Lobão, que disse aos jogadores que não acreditava mais em discursos, em frases de efeito e em consolos frugais. Queria atitude, queria exemplo em campo. Que algo fosse feito na prática e não apenas o blá blá blá verborrágico do pós dos últimos jogos. Disse que havia cansado de ouvir explicações e que queria um novo time em campo. Era o desejo de todos os torcedores também. Era um sentimento reinante. Foi atendido com o comportamento de quinta, mas só ele não basta para a conquista do objetivo. A mesma mobilização tem que continuar neste domingo em Bagé.
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Teimosia - Agnaldo Liz, tão criticado ultimamente, é beneficiário direto deste novo comportamento do time. Foi dele, em determinado momento, a responsabilidade de salvar alguns jogadores da degola após os episódios marcantes do Tulha Bar. Recebeu a reciprocidade do grupo agora, mas insiste em não manter uma coerência: Ao deixar Thiesen no banco o técnico do Pelota expôs o time na primeira etapa do último jogo. O time saía bem para o ataque, mas quando era atacado sofria para desarmar o adversário. O meio de campo ideal é composto por Axel, Thiesen, Gasolina e Goiano. Talvez antes do último jogo ele se dê conta disso e escale finalmente o meio de campo desejado por todos menos por ele.
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Paciência – A torcida do Pelotas ficou apreensiva com a atuação de Goiano na última quinta. Chegou até ensaiar um pedido de alteração. É a maneira de ser do jogador. Ora ta ligadíssimo e ora se apaga no mesmo jogo. Erra um passe curto e daqui a pouco faz uma jogada genial. É um típico jogador carioca, de passadas calmas que se aceleram de uma hora para a outra. Isso as vezes o torcedor não percebe e se irrita. Goiano é um bom jogador. Tem técnica e soluções que fogem do elementar. Ele é capaz de deixar o atacante na cara do gol a qualquer momento. Foi assim com Michel na quinta!
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Luz - Não acredito em futebol sem obediência tática, sentido coletivo e jogadores diferenciados: O Pelotas tinha todos estes elementos e os perdeu da “noite para o dia”. Parece que recuperou!
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Líder – O cara que faz o time ter uma cara guerreira chama-se Flávio Dias. Escreveu o seu nome na história do clube.
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Regressiva – Faltam 3 jogos. Readquirida a confiança?
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Serra - Vou para Caxias trabalhar e ver novamente o Brasil do técnico Suca que ainda tem preocupações. A chegada de Rodrigo, homem de confiança do técnico em Cachoeira, poderá proporcionar um novo aspecto ao sistema defensivo do time. Não que a mudança seja compulsória, mas o simples fato de ter chegado um novo jogador para a posição já faz com que os que se tinham como "donos" da vaga dormirem preocupados em perdê-la. O futebol é assim.
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