12 fevereiro 2010

BOLA BRANCA 14 02 2010

Marketing – 2010 transformou-se num ano onde está aparecendo forte as ações do “marketing” do Pelotas no contexto estadual. A visibilidade do clube mudou em relação a 2009 e não foi só em decorrência da chegada do time a Série A. Um inédito conjunto de ações é responsável pela projeção do clube em espaços que pareciam restritos a poucos no estado e até fechados. A conquista de uma vaga na Série D do Brasileiro pode ser decisiva para a consolidação de um projeto em longo prazo e estabelecer um crescimento há muito tempo sonhado pela torcida do Lobão.
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Em alta – Cresce o prestígio de Cesar Dias, leia-se Final Sports http://www.finalsports.com.br/ – parceira do Pelotas -, na Boca do Lobo.
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Plano BVai crescer a corrente que defendia uma equipe forte, desde o início da Série B do Gaúcho, dentro do Grêmio Esportivo Brasil. A direção de futebol do clube poderá pensar em antecipar a vinda de jogadores que estavam planejados apenas para o segundo semestre, ou seja, Série C do Campeonato Brasileiro. As duas primeiras atuações do time, em Rio Grande e Bagé, fez acender a “luz amarela” e alvoroçou os bastidores do Bento Freitas.
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Bis – Uma das coisas que mais marcou negativamente a atuação do Brasil no ano de 2009 foi o fato de jogar dia sim dia não. Profissionais de todos os níveis levantaram contra a atitude da FGF. E não é que o fato começa a se repetir neste ano. O Brasil terá de fazer três jogos um espaço de apenas cinco dias. O clube recebeu na última quinta-feira um comunicado da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), em que foi informado sobre a data dos três próximos compromissos: quarta-feira, dia 17 de fevereiro, contra o 14 de Julho, no Nicolau Fico. Após, o Brasil enfrenta o Guarany, em Bagé, dia 19, às 20h30min, e no domingo, dia 21, o clássico contra o Farroupilha.O presidente do Helder Lopes reagiu com inconformidade com a decisão da FGF. - “Nós vamos cobrar um posicionamento do Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio Grande do Sul. Gostaríamos que o Sindicato se manifestasse”, disse Helder.
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Recursos – O vereador Míltom Martins, (FOTO AO LADO DO PRESIDENTE HELDER LOPES) presidente da Câmara Municipal e diretor de captação de recursos do Grêmio Esportivo Brasil, disse em entrevista à R.U. que não está medindo esforços na tentativa de ajudar na renovação de contrato do clube com a AGECON que depende de estratégia da empresa. Mesmo que o acerto não aconteça de imediato, ele continua atuando em outras frentes junto a possíveis parceiros.
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Enciclopédia do Futebol Gaúcho Vol. IJogadores que mais se destacaram no futebol pelotense – 11
ANDRÉZINHO
Antônio Carlos André - Garça, SP - 24.03.1958.
Meia-esquerda habilidoso, técnico, de movimentação. Objetivo e coletivo. Iniciou nas categorias de base do Flamengo. Foi contratado pelo Brasil de Pelotas, em 1981. Esteve no ano seguinte no Internacional campeão estadual. Retornou ao Brasil e participou da campanha do time no Brasileirão de 1985, que chegou à terceira colocação. Deixou o clube e rodou por vários outros, entre eles o Atlético Paranaense, Joinville e Guarani de Garibaldi. Voltou ao Brasil de Pelotas, em 1995, para encerrar a carreira, iniciando outra, como auxiliar técnico no futebol japonês.
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Blogs:
http://www.futeboldepelotas.blogspot.com/
http://www.pgneto.blogspot.com/
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E-mail: pfgneto@ig.com.br
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Até a próxima!

BOLA BRANCA 07 02 2010

3 – Este é o número da semana no nosso futebol: 3 atacantes no time do Pelotas e 3 vitórias consecutivas. A coragem de Beto Almeida em utilizar 3 jogadores ofensivos chamou a atenção da comunidade esportiva gaúcha, pois a atitude é incomum entre os técnicos de futebol em se tratando de times do interior.
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Invariavelmente os times jogam com dois homens de frente e mais: os times do interior, na sua maioria, pouco arriscam quando saem dos seus domínios. É uma prática antiga que remonta a um estilo que se sustentou por muitos anos no nosso futebol, que até fez escola. O RS ficou famoso por um futebol viril, baseado na truculência dos seus zagueiros. Ataque nunca foi o nosso forte.
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Romper uma tradição dessas por aqui não é fácil e começa a fazer adeptos: O técnico do Brasil, André Luis, iria começar – segundo os setoristas – o jogo deste sábado contra o Guarany de Camaquã, também com 3 atacantes – Jair, Kleir e Douglas Pitt Bull.
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Nesta segunda-feira contra o Porto Alegre o Pelotas não será diferente e Beto Almeida vai novamente escalar 3 atacantes. Sai Rafael Refatti, por lesão, e retorna Sandro Sotilli. Sotilli compõe o sistema ao lado de Clodoaldo e Tiago Duarte. Esta inovação abriu um debate nas rodas esportivas da cidade e até na capital se falou da proposta do técnico do Lobão e está gerando novos conceitos. O time marcou 10 gols nos últimos 3 jogos e este fato reforça os conceitos de Beto Almeida.
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Foto - Na foto o goleador do Gauchão 2010 - Eraldo, do São Luis, concedendo uma entrevista ao repórter da R.U. Fernando Monassa, por ocasião de sua chegada ao Brasil.
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Estrutura - Um pouco antes do gol do Pelotas contra o Avenida, o goleiro Jonatas, em dividida com o atacante John, do Avenida, bateu com a cabeça no jogador adversário e na queda bateu novamente com a cabeça no chão. O atleta foi levado a um hospital para realizar tomografia. Após, a delegação do Pelotas, ainda na cidade de Santa Cruz do Sul, recebeu a informação que Jonatas estaria bem e que deveria ficar em observação pelas próximas 6 horas. Por isso, o goleiro não pôde voltar para Pelotas com o restante do grupo. Acompanhando o atleta ficaram em Santa Cruz do Sul o diretor Jorge Bopp e o gerente de futebol Roger Bauer. O Pelotas não tinha um médico em Santa Cruz do Sul.
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Enciclopédia do Futebol Gaúcho Vol. I
Jogadores que mais se destacaram no futebol pelotense – 10
ALVIM
Álvaro Ruiz - ALVIM - Pelotas, RS - Nasc. 20.04.1913 / Falec. 26.11.1951 Jogador de boa técnica e dedicação. Iniciou no Brasil de Pelotas, clube que defendeu com afinco em praticamente toda a carreira. Atuava nas laterais, no miolo da zaga ou no ataque. Um polivalente. Jogou no Brasil, entre 1931 e 1944, com exceção dos anos de 1937 e 1938, quando defendeu o Bancário, também de Pelotas. Foi campeão citadino e regional.
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BOLA BRANCA 31 01 2009

Meu debate com o técnico Beto Almeida, após a convincente vitória do Pelotas sobre o Ypiranga, pode soar mal para alguns desinformados torcedores, ou até mesmo para aqueles que gostam e se sensibilizam com o puxasaquismo e as obviedades. Colocar idéias, contrapor, me parecem aspectos positivos para um veículo de comunicação, mesmo que a arrogância e a auto-suficiência do interlocutor aflorem e fique cristalina aos ouvidos dos que escutam uma transmissão de rádio. Como muitos sabem, não sou de bajular dirigente, jogador ou profissional de futebol e isso, obviamente, me exclui do círculo dos que recebem as informações privilegiadas dos clubes. É claro que o "puxa-saco" e o "sabujo" de dirigente, os "bruxos" de jogadores e de integrantes de comissões técnicas vão levar vantagens na conquista de boas informações, pois eles acabam repassando somente os ítens que interessam a sua fonte e a sua fonte é pródiga em usá-lo para colocar as versões oficiais, desejáveis. Elogios dos técnicos e dirigentes, nas entrevistas coletivas, são constantes aos que agradam com seus comentários. Com isso vivem em perfeita harmonia.
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Mas o que quero dizer é simples: Não tenho problema nenhum em admitir que Clodoaldo não havia apresentado, na minha opinião, credenciais para ser titular do ataque do Pelotas. Eu entendia que Michel era o cara para entrar no time no caso de um terceiro atacante ou na necessidade de tirar Tiago Duarte ou Sandro Sotilli. Tanto que foi assim em Caxias do Sul e, mais uma vez, Michel foi bem dando o passe para o terceiro gol do Pelotas. O que acontece é que após o jogo contra o Juventude o Pelotas permaneceu em Salvador do Sul e por lá treinou durante o período que aguardava o jogo em Novo Hamburgo. Lá o jogador voltou a sentir uma lesão no pubis, provavelmente decorrente de um processo de lipoaspiração que fez. Essa informação não foi repassada, não foi comunicada, não foi ventilada. Não saiu em lugar nenhum. Simples. Era só liberar a notícia. Michel, que coincidentemente não faz parte do grupo dos "indicados" ficou de fora. Só isso. O que mais se deve cobrar num técnico de futebol, no meu entender, é a adoção de critérios. São os critérios justos e claros que fazem com que um técnico estabeleça as chances dos jogadores apresentaram condição de titularidade. Na minha opinião, também, o rendimento no jogo deve ser levado mais em conta do que o rendimento em treino. No caso específico, cabia sim a comissão técnica ter informado que o jogador estava "sentindo" e que não seria relacionado para o jogo contra o Novo Hamburgo. Só isso.


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Estava claro como cristal de que o sistema defensivo iria mudar com a chegada de Maurinho, Pedro e Tiago Prado. Visão clara e criteriosa de Beto Almeida. Maurinho é melhor do que Dick, Tiago Prado é muito melhor do que Jonas na zaga e Pedro o muito superior ao Diego. Sem inventar, o técnico promoveu a mudança de maneira gradativa, com a devida adaptação de cada um e o sistema se solidificou. É a "velha" utilização da simplicidade no futebol. Sem inventar, Beto Almeida qualificou a defesa. Contestará?

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O esquema com três atacantes foi bem contra o Ypiranga, poderá ser melhor ainda contra o Esportivo, mas não deve ser um esquema definitivo do time. Parece que ficou claro na entrevista coletiva de ontem após o jogo. Os adversários são estudados, os riscos são calculados e os treinamentos são feitos com base na formação da equipe a ser enfrentada. Tá certo também. Contestará?

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Elogiar, criticar, divergir, debater são elementos que fazem parte do dia-a-dia dos que vivem o futebol de maneira intensa e trabalham nele. Não entender isso é se utilizar de elementos que não contribuem para um bom andamento da harmonia que deve reinar no esporte, afinal o futebol não é mais importante do que muita coisa que nos cerca. Elevar o futebol a um patamar que possa gerar animosidades e intregas é próprio dos desprovidos de uma inteligência sadia.