11 julho 2008

BOLA BRANCA 13 07 2008

As provas – Dia desses assistia um debate na ESPN – o melhor canal de esportes e que é oferecido pela VIACABO TV canal 35 – e a pauta era sobre o comportamento dos times que querem chegar ao topo da tabela do Campeonato Brasileiro. Diziam eles que em determinadas rodadas aparecem os jogos que são verdadeiras “provas”. Os jogos “da prova” alardeavam. Exemplo: No meio da semana o Flamengo tinha um jogo contra o Atlético-MG no Mineirão e para passar no teste tinha que, inevitavelmente, não sair derrotado do jogo. E foi o que aconteceu – o placar foi empate e o Flamengo manteve-se na liderança passando por um jogo em que a equipe tem que mostrar ter estrutura técnica e emocional para suportar. Mineirão lotado, o Galo necessitando de vitória, cobranças da torcida e imprensa mineira, essas coisas. Enfim, o Flamengo passou pelo seu “jogo da prova”. O Cruzeiro quer a ponta do campeonato. Vai ter que passar pelo seu teste no Maracanã onde vai enfrentar o Flamengo. Se quiser desbancar o Rubro-Negro da liderança vai ter que derrotá-lo, falavam os debatedores. Vai ser o “jogo da prova” do Cruzeiro que também quer o título do Campeonato Brasileiro. E assim vai: Times que querem postular a ponta dos campeonatos que disputam, necessitam suplantar concorrentes diretos na casa do adversário para roubar-lhes o lugar.

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Assistindo aquele debate logo pensei fazendo uma imediata transferência: O mesmo serve para o nosso campeonato da Segunda Divisão onde o Pelotas briga pelo título da competição ou pela segunda colocação. O Lobão teve na semana que passou os seus jogos chamados de “provas” e se deu muito mal. Perdeu para o Avenida, em Santa Cruz, por 4 a 1 e pelo mesmo placar, na última quarta-feira, em Erechim para o Ypiranga. O Pelotas provou não ter capacidade para sustentar o discurso do seu objetivo que é o título do campeonato ou, em último caso, a classificação para a Série A sendo segundo colocado. Se diante dos dois adversários diretos – que também postulam o título do campeonato ou a classificação – o time sucumbe vexatoriamente por goleadas, isso demonstra problemas sérios na articulação de jogadas e cansaço físico. Fica cristalino que a equipe está fora dos padrões aceitáveis para postular o objetivo alardeado. Até poderia se atribuir ao imponderável ou ao acaso um, apenas um resultado negativo de maneira acachapante. Um acidente de percurso, um dia mal, uma exceção. Mas dois resultados negativos acontecendo nos mesmos moldes, evidenciam problemas graves que resultam a ineficiência.

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E, meus amigos, esses “jogos da prova” foram verdadeiramente esclarecedores, reveladores. Foram extremamente desgastantes os dois deslocamentos até Santa Cruz do Sul e posteriormente até Erechim. Desgastante demais. Mas estar presente aos dois jogos me habilita a revelar o sentimento de quem viu os dois jogos e se sente agora desconfiado em relação ao poder de reação do grupo. O Pelotas durante as duas últimas partidas não apresentou poder de reação, o time abateu-se demais após levar o primeiro gol afora os problemas de articulação, poder ofensivo e baixo rendimento de jogadores que já deram muito mais ao time. As carências físicas começam a aflorar! Um exemplo só: Sandro Sotilli que chegou como uma bala não passa de um jogador que está longe do seu foco inicial. Pra ficar por aí! Como há muito tempo já não alimento esperança em cima de discursos surrados e velhos, ficando com as minhas próprias observações de quem vê de muito perto os acontecimentos, principalmente através do semblante dos jogadores posso afirmar que uma reviravolta vai ser muito difícil. Mais uma vez!

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Uma vaga – Disse categoricamente, no PAPO DA BOLA da R.U., que uma das vagas do grupo 16 do Campeonato Brasileiro da Série C seria do Caxias. Pela sua capacidade de investimento, pelo foco na competição e pelo trabalho de longo prazo que vem sendo feito pelo grupo que dirige o Caxias. Não há demérito aí para os outros concorrentes. Os resultados das duas primeiras rodadas parece que encaminham essa teoria como a verdadeira. Basta ao Brasil agora focar-se com toda a sua determinação na busca de resultados positivos contra Metropolitano e J.Malucelli. O objetivo poderá começar a ser conquistado neste domingo contra o time paranaense. Uma vantagem: O Brasil tem o seu jogo contra o Caxias no Bento Freitas no segundo turno. Por ser um “clássico” que tem marcado o futebol gaúcho ultimamente ele poderá tirar proveito desse expediente. Se fizer bons resultados contra os catarinenses e paranaenses o jogo contra o Caxias, aqui, poderá ser determinante e aí vai pesar o fator local. Apenas uma opinião!

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Até a próxima!