07 setembro 2007

BOLA BRANCA 09 09 2007

Os conselhos – Agnaldo Liz pediu conselhos aos entrevistadores do último domingo. Presumo que esteja desorientado nesta reta final. Para tentar colaborar com ele, se pudesse, diria que o melhor no futebol, e aí não é só para o Pelotas de Agnaldo e sim para os técnicos de uma maneira geral, é a manutenção de um sistema tático que adquira o envolvimento de todos os jogadores sempre num mesmo sentido até que se consiga a palavra mágica: Entrosamento! É o que buscam todos os técnicos que pude conversar.
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Tentaria convencê-lo de que a bola trabalhada é melhor do que o “balão” do goleiro ou dos zagueiros. Que a bola trabalhada é melhor do que a “ligação direta”. Que a posse de bola é valorizada pela grande maioria dos seus colegas. Que ao perder essa posse de bola o time tenha uma recuperação eficiente e uma marcação implacável! Diria que jogadores, por conversar com eles, não gostam de mudanças contínuas e improvisações. Aconselhá-lo-ia a utilizar um meia na posição de meia, como os jogadores que jogam na meia gostam e fazem bem: Jogam na meia! Falaria ao “pé de ouvido” para lembrá-lo, que jogador pega ritmo de jogo, jogando! Que ao se definir pelo 4 – 4 – 2, como disse em programa de rádio, que escolha os melhores para cada posição, ou seja, cada um na sua. Diria com serenidade que deixe de lado o 3 – 5 – 2 capenga, sem alas que fechem no meio e sem ter um zagueiro pelo menos para a suba.

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Já citei o “grande Didi” – o inventor da “folha seca”: - No futebol se muda pouco e não se inventa! Diria ainda com todo o respeito ao Agnaldo Liz que na hora da cobrança de um escanteio seria presumível que o lateral marcasse o adversário no “primeiro pau” e não mandasse o jogador voltar para a linha divisória do meio de campo. Se me dedicasse um ouvido pelo menos, pediria a ele que se utilize do elementar e não altere, a cada jogo, a maneira de posicionar os jogadores.

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Mas quem sou eu para passar um conselho ao técnico Agnado Liz? Talvez se pudesse falaria sobre pelo menos um que parece um consenso: É de que faça apenas o elementar, o básico e construa uma equipe com um conceito coletivo se é que ainda exista tempo. Que os fundamentos que um jogador tenha adquirido ao longo da sua carreira sejam aproveitados ao máximo e não tolhidos. Talvez pudesse dizer, sabendo que ele sabe, que um time é composto por onze jogadores e que se pode utilizar os reservas designados para cada posição, previamente instituídos, ou seja, simples, sai um entra o outro da posição. Diria, se ele me ouvisse, que o meio de campo é o setor mais importante de um time de futebol e é nele que os jogos se decidem, portanto ganhar o meio de campo é fundamental para se ganhar partidas de futebol.

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Com calma diria e repetiria a todo o momento que Rodrigo Gasolina não é e nunca foi zagueiro, que Chocolate não é lateral, que Bruninho não é meia assim como Cássio não é atacante. Diria mais: Que um técnico não convence com respostas evasivas e ironias. Diria ao técnico do Pelotas, com todo o respeito também, que futebol profissional é profissional, sério para quem nele trabalha. Diria ao Agnaldo que todas as perguntas que fiz a ele nas entrevistas que participei foram feitas na tentativa de buscar respostas para os desempenhos: Bons e ruins que o Pelotas apresentou.

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Diria, por fim, que a sorte no futebol é uma coisa absolutamente efêmera e que as grandes conquistas não são decorrentes da sorte e sim da persistência e da manutenção de um conjunto uníssono, compacto e harmônico. Futebol é coletivo! Tudo o que o Pelotas não é hoje. Então roguemos à sorte!

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Regressiva – Faltam 5 jogos e não há a segurança do início do octogonal. Uma vitória hoje em Erechim a trará de volta? Mas como será uma vitória de um time sem o mínimo de padrão?

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Até a próxima!