05 outubro 2007

BOLA BRANCA 07 10 2007

“Não existe vento favorável para aquele que não sabe para onde vai”!

A burrice não tem cura - Disse na Rádio Universidade que Agnaldo Liz tinha que deixar o Pelotas após o jogo contra o Sapucaiense, no dia 10 de junho, ainda pela segunda fase da competição. Na oportunidade havia “entregado” o meio de campo para o adversário ir buscar a vitória. Não se dera conta que o empate não era mau resultado para a sua equipe e que ele poderia eliminar o time de Sapucaia do campeonato. Agnaldo demonstrou ali estar alheio daquilo que fazia. Houve quem contestasse com veemência a minha opinião naquele momento ainda quase incipiente.

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O presidente da FGF, Francisco Noveletto esperou um pouco mais: Disse aos dirigentes do Lobão que o Pelotas deveria se ver livre de Agnaldo Liz com urgência, logo após o jogo contra o Ypiranga, em Erechim. Não deram ouvidos ao presidente da federação, Agnaldo ficou e se transformou no responsável direto pela não ascensão do Pelotas ao Campeonato Gaúcho da primeira Divisão de 2008. Por mais que engane o pessoal de São Paulo através do site www.futeboldointerior.com.br , existirá aqui no sul um ou outro incauto que ainda “enxergue” futebol. Ou pelo menos um pouco para não se deixar enganar.

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O homem sábio é aquele que ouve, recolhe conselhos, avalia situações, revê conceitos até. O homem medíocre se basta! Tem-se na condição de perfeito. Agnaldo Liz em entrevista a Rádio Universidade, ainda em Santa Maria após o jogo fatídico, disse que se pudesse repetiria tudo de novo, que não mudaria nada. Façam, pois a avaliação sobre este gênio da bola!

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As “frases prontas” ou os jargões simplificadores, também são retratos da mediocridade: “O Pelotas perdeu para ele mesmo...” ou “O Pelotas não deixou escapar a classificação em Santa Maria...!”; Deixou escapar sim a classificação em Santa Maria também! Foi mal escalado mais uma vez sem que houvesse alguém para contestar o técnico ou interpelá-lo. Não havia quem tivesse coragem para tal? Perdeu sim em Santa Maria porque não soube “ler” o jogo e não havia ninguém por lá que se habilitasse para tal. Perdeu sim para outros adversários porque foi pior mesmo. Aceitou passivamente se deixar abalar por equipes que já haviam desistido do campeonato. Não soube se auto-avaliar, se inserir na luta.

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Não existem explicações razoáveis para justificar o time que foi para o jogo em Santa Maria. É uma escalação “lesa pátria”. Não há no mundo um técnico de futebol que vá para um jogo decisivo, fora dos seus domínios, jogando pela vitória, mas também por um empate, que não escale os seus jogadores de marcação. Thiesen, Antônio Carlos e Vágson distribuíram-se entre o banco de reservas e a não inclusão na lista. É dantesco, é de uma idiotice sem precedentes no futebol local. Ninguém questionou o técnico, não houve quem o interpelasse. Havia um vazio, uma vácuo, um medo irresponsável. Pior que isso somente a reunião que houve com as torcidas organizadas para tratar de preços de ingressos para 2008. Falta referencial.

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O futebol, para quem sabe, não é uma coisa complicada. Trata-se de uma mistura de comportamento tático, sentimento coletivo, disciplina e orientação e, obviamente, compromissos mútuos. São conceitos que contrapõem a improvisação arrumada para Rodrigo Gasolina, a falta de repetição de uma mesma escalação e a ausência da dignidade comum entre todos! É a presença da “trairagem”, como os próprios jogadores gostam de utilizar o termo.

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Existe um lado positivo depois de tudo o que aconteceu? Parece que um apenas. Não é difícil detectar onde estava o erro. Parece que ele é cristalino, óbvio. Que o restante das ações possam dar continuidade a parceria, que ela avance, mas que na próxima temporada se escolha com muito critério o homem que vai cuidar dos destinos do time dentro de campo.

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Como dizia um sábio jornalista pelotense de estirpe: A burrice não tem cura!

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Até a próxima!