23 outubro 2009

BOLA BRANCA 25 10 2009

Em busca de um futuro

Luis Antônio de Mello Aleixo foi eleito novamente presidente do Pelotas na última segunda-feira. Já fora em outras oportunidades: 1978 e 1979; 1983 e 1984; 1997 e 1998; E agora, desde 2007, com algo mais a fazer: Já tinha a missão conciliadora e apaziguadora e agora necessita encontrar um futuro para o clube. Aleixo - é desnecessário dizer - tem uma história dentro da instituição e tem luz própria no Pelotas. Em decorrência da história recente vivida pelo Lobão, tornou-se o homem ideal para amenizar os efeitos do “racha” que o clube vive depois de dois processos eleitorais que o dividiram em facções.
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São pelo menos dois grupos antagônicos que não se bicam. Seus integrantes propagam a intolerância mútua por onde passam. O Pelotas, pós-processos de 2002 e 2003, saiu fragilizado, dividido e cambaleou até o rebaixamento em 2004. De lá para cá, qualquer que sejam as opções ou alternativas para o comando do clube, e que tenha um mínimo de suspeita de ligação com um dos pólos a insurgência nos bastidores começa imediatamente sem se “pesar” as conseqüências. O extremo chegou quando em determinado período, as derrotas do time em campo, eram comemoradas pelos oponentes de plantão.
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O outrora forte Lobão, após a desastrosa experiência com a AGS, havia se transformado num fracote e inofensivo “ratinho”. Seria necessária uma solução que estancasse a hemorragia interna e a única saída encontrada e palatável para as duas vertentes tinha um nome: Luis Antônio de Mello Aleixo. Ele passou a ser o responsável pelo equilíbrio no momento de maior turbulência tratando diretamente com os mais sensatos das duas alas.
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Com história e vida própria, Aleixo puxou para o seu lado a responsabilidade e tornou-se a única saída viável para um Pelotas quase destroçado. Mesmo depois de viabilizar uma solução que seria inicialmente transitória, um novo caminho não foi encontrado e o Pelotas não tendo outro nome capaz de unir as duas correntes, vem encontrando no homem apoiado por Alcir, a saída que continua se perpetuando para que o clube não caia novamente numa disputa interna desgastante.
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Para os de fora Aleixo habilmente diz que o clube tem que encontrar um “novo nome”, uma solução nova, porém ele sabiamente teme que internamente qualquer um que surgir e tiver um mínimo de vínculo com um dos lados será sumariamente “abatido” e “servido às feras” antes mesmo de ter o seu nome lançado no Conselho. Aleixo, com a sua experiência, desta vez foi além: foi buscar um jovem colaborador para ser vice-presidente, além do fiel amigo e ex-presidente Alcir, e assim tentar começar a formar uma nova vertente que miniminize a intolerância que existe na política interna do Pelotas.
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O clube da avenida viveu – na última segunda-feira - mais uma reunião com declarações recheadas de bravatas e olhares cínicos, porém, mais uma vez, o encontro deixou claro que o Pelotas tem um problema complexo, premente onde não encontra uma solução: O futuro. Sem conciliação interna e sem um novo nome para unir o clube, Aleixo vai sendo a única solução capaz de manter um mínimo de harmonia interna no Pelotas tentando, paralelamente agora encontrar um futuro menos conflituoso.
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