31 outubro 2008

BOLA BRANCA 02 11 2008

Beto Almeida chega à um clube, mais uma vez, com a visão imediatista de remover equívocos e consertar erros. Está tornando-se especialista em recuperar grupos combalidos. Trabalha com o emocional e com as obviedades do futebol. Contraria os inventores. É pragmático.

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Parte 2 – Escrevi aqui neste espaço domingo passado que o ciclo Itamar Schulle no Brasil estava no fim. Estava certo! Só não se esperava que fosse terminar ainda durante esta mesma semana. Em qualquer situação, um técnico do Brasil ou de Pelotas, que esteja em pleno exercício do cargo e for tratar a sua transferência para outro clube, estará assinando a sua própria degola. Foi o que aconteceu!
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A saída de Itamar não se deu somente por causa das negociações com a equipe de Ijuí. Os altos e baixos da equipe, alterações no time e a falta de um padrão mais qualificado somaram-se a entrevista à Rádio Repórter e causaram a crise, que imediatamente foi debelada pelo presidente Hélder Lopes. Esses são fatos recorrentes no futebol. Seria diferente se algumas regras fossem seguidas, mas parece que poucos são os que as conhecem.
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Mestre – Uma dessas regras vem do inventor da “folha seca”. Sempre é bom relembrar o mestre “Didi”: -“No futebol não se inventa e se mexe pouco”!
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Prof. Pardal – Em que pese os grandes técnicos brasileiros, muitos deles participando do “Bem Amigos” do Galvão Bueno, parafrasearem o mestre Didi – “No futebol não se inventa e se mexe pouco” - parece que por aqui a máxima, mais do que correta e verdadeira, não encontra ressonância. Muitos dos que aqui passam preferem inventar a cada jogo, a cada rodada. Pagam caro. Iniciam o próprio processo autofágico primeiro com derrotas e depois com o próprio cargo.
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Não – Ao também participarem dos mais diversos programas esportivos da TV brasileira, os jogadores deixam claro que não gostam de mudanças de jogo pra jogo. Dizem claramente que preferem a repetição do esquema e da maneira de jogar. Que a regularidade de uma equipe vem com a repetição do time e não com a alternância. Palavra de jogador!
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Para lembrar – Anderson Ijuí é meia. Thiago Duarte é atacante. As duas melhores vitórias do Pelotas na Lupi Martins foi com eles nas suas respectivas posições: Contra o Inter-B e Porto Alegre.
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Perguntas - Alguém pode explicar: Por que Felipe Paulista começou jogando contra o Duque de Caxias na última quarta-feira? E Cláudio Millar na reserva? Qual o motivo secreto?
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Para lembrar – Uma das mais famosas frases do futebol. De domínio público e absoluta verdade: “Em time que está ganhando não se mexe”!
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Time caseiro – O Brasil tem que romper o trauma, ou seja, jogar com um comportamento diferente quando está longe do Bento Freitas. Não dá para entender os motivos que levam o time a ter uma maneira de jogar ao lado do torcedor e outra, completamente diferente, quando está fora de casa.
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Tranqüilidade – No aspecto tranqüilidade, Beto Almeida é especialista. Chega para dar uma nova condição ao grupo que começa justamente pelo comportamento, mas claro que vai ter interferência direta na parte tática. É aí que se muda um time!
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Sucessão O Dr. Maurício Guimarães, que coordena as comemorações do centenário do Pelotas, poderá ser o próximo presidente do clube. São fortes os rumores que levam a esta direção. Um excelente nome para se projetar um Pelotas unificado!

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